Coluna de Heitor Gregório no Agora RN:
Durou pouco a aliança entre Donald Trump e Elon Musk. Seis meses após a posse do atual governo, a aliança entre o magnata da política e o bilionário da tecnologia desmoronou em público, como tudo nessa era de likes e narrativas instantâneas.
Trump queria o brilho de Musk em sua órbita política. Musk queria manter portas abertas no governo americano de olho na economia. Ambos esqueceram um detalhe: quando dois egos gigantes tentam dividir o mesmo palco, um acaba caindo.
O rompimento é mais do que uma briga entre celebridades com poder real. É o retrato da política como espetáculo, onde as alianças são descartáveis, e a coerência, um detalhe que inexiste.
Em vez de partidos e ideias, temos personalidades. Em vez de projetos de país, temos estratégias de marca.
E assim seguimos, com a política moldada por vaidades instáveis, onde até os mais poderosos se cancelam como personagens de reality show.
E qualquer semelhança com o Brasil é mera coincidência.