Confira a coluna de Heitor Gregório desta sexta-feira 08 no AGORA RN
Na noite de quarta-feira 6, a Câmara dos Deputados viveu mais um capítulo de tensão entre oposição e base governista. Em meio a um protesto que se estendia desde a terça-feira, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), abriu a sessão plenária às 22h24, com a Mesa Diretora ocupada por parlamentares oposicionistas.
Entre os deputados que integraram o protesto, três são do Rio Grande do Norte: General Girão (PL), Sargento Gonçalves (PL) e Carla Dickson (União). Esta última foi a única potiguar a sentar-se na própria Mesa Diretora da Câmara, numa clara tentativa de simbolizar resistência à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que colocou o ex-presidente Jair Bolsonaro em prisão domiciliar.
O grupo pede a votação urgente do projeto de lei que propõe anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.
Hugo Motta, ao abrir a sessão, afirmou que o fez para garantir o respeito à Mesa Diretora — “inegociável”, segundo suas palavras — e preservar a integridade institucional da Câmara. Reconheceu o direito da oposição de se manifestar, desde que dentro dos limites do Regimento Interno e da Constituição.