Farra do INSS: Advogado alvo da PF fez doação para a campanha de Rogério Marinho

16 de set. 2025 10h06

Alvo da operação da Polícia Federal (PF) que prendeu o lobista Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, e o empresário Maurício Camisotti, na última sexta-feira (12/9), o advogado Nelson Wilians (foto em destaque) doou R$ 10 mil para a campanha do senador Rogério Marinho (PL-RN), nas eleições de 2018.

Líder da oposição no Senado, Rogério Marinho foi secretário especial da Previdência durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) e é um dos integrantes da CPMI do INSS, que investiga a farra dos descontos indevidos sobre aposentadorias, revelada pelo Metrópoles.

Já Nelson Wilians é investigado pela PF por suspeita de lavagem de dinheiro para Maurício Camisotti, empresário apontado como beneficiário final de três entidades investigadas por fraudar filiações de aposentados para aplicar descontos. Ele foi alvo de mandados de busca e apreensão cumpridos pela PF na sexta feira (12/9), no âmbito da Operação Cambota, segunda fase da Operação Sem Desconto.

Nelson Wilians é conhecido por cultivar boas relações no universo político, e já doou para a campanha de nomes como o ex-prefeito de São Paulo e ex-governador João Doria (ex-PSDB), para quem também já advogou.

Ao todo, sete políticos receberam doações de Wilians desde 2014 — Rogério Marinho é o único entre os membros, titulares e suplentes, da CPMI do INSS. Ao Metrópoles, o senador disse que a doação foi feita “observando todos os procedimentos legais” e “não tem condão de interferir em sua atuação como parlamentar” (veja nota abaixo). Procurado para falar sobre as doações, Nelson Wilians não respondeu. O espaço segue aberto.

O que diz o senador Rogério Marinho

Em nota ao Metrópoles, a assessoria de Rogério Marinho disse que a doação de Nelson Wilians “foi realizada observando todos os procedimentos legais e representa 0,5% do total de recursos gastos na campanha a deputado federal, em 2018”.

“Por óbvio, por ocasião da campanha, não havia nenhuma expectativa de que o senador Rogério Marinho ocupasse cargo no governo do presidente Bolsonaro. Por fim, nenhuma doação eventualmente recebida tem condão de interferir em sua atuação como parlamentar ou em qualquer outro cargo público ocupado”, completou.

As informações são do Metrópoles

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