Médicos de Natal anunciam paralisação no atendimento nesta terça-feira (15)

14 de jul. 2025 16h48

Os médicos do município de Natal decidiram, em assembleia realizada no Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed RN), paralisar os atendimentos neste 15 de julho (terça-feira). A mobilização é motivada pelas precárias condições de trabalho nas unidades de saúde da capital e pela estagnação das negociações salariais com a Prefeitura de Natal.

Durante a reunião, os profissionais relataram uma série de problemas estruturais e de atendimento enfrentados diariamente nas unidades de saúde. Entre os casos citados, estão a grave situação da rede de saúde mental, com pacientes psiquiátricos circulando livremente pelas UPAs, a falta de medicamentos, vazamentos em prédios durante o período de chuvas, e unidades com equipamentos deteriorados. Um dos relatos mais alarmantes aponta que gestantes precisam subir escadas e descer em macas na maternidade devido ao elevador quebrado, colocando vidas em risco. O Sinmed também recebeu denuncia de superlotação das UPAs e a ausência de leitos complementares e de UTIs, com pacientes aguardando por vagas por até um mês.

O sindicato tem feito visitas técnicas às unidades e constatado pessoalmente os problemas. Segundo a entidade, a situação do Hospital dos Pescadores e da Policlínica Zeca Passos é de total deterioração, sem condições de atendimento digno à população.

No aspecto salarial, as negociações com o secretário municipal de Saúde, Geraldo Pinho, iniciaram ainda em maio. A Prefeitura anunciou reajustes de 12,88% para o plano geral dos servidores, 6,27% para os professores e 5,47% para os trabalhadores vinculados ao Sindisaúde. Em reunião com o secretário, os médicos apresentaram a proposta de descongelamento das gratificações, que estão há mais de sete anos sem reajuste.

O Sinmed RN propôs uma recomposição salarial baseada nas gratificações congeladas, apresentando ao secretário uma tabela com sugestões de valores. Caso não fosse possível o reajuste integral, o sindicato sugeriu um modelo dividido entre aumento na gratificação e no salário base. Ainda assim, não houve retorno efetivo da gestão municipal.

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