Analistas preveem que a forte alta nos preços do petróleo, provocada pela escalada do conflito entre Israel e Irã, pode acelerar a inflação no médio prazo. Também preveem desvalorização das Bolsas de Valores na abertura dos mercados desta segunda-feira (23), após o ataque dos Estados Unidos ao Irã.
Uma das consequências do bombardeamento americano é a decisão do Irã de fechar o estreito de Hormuz, por onde passam mais de 20% dos barris comercializados globalmente.
O petróleo Brent, referência internacional, subia cerca de 4%, para US$ 80 o barril, quando as negociações começaram no domingo à noite, em Londres. O quanto o petróleo subirá nesta semana dependerá exatamente de como o país ou seus representantes, como os Houthis, escolherão retaliar, disseram analistas.
No Brasil, Petrobras, Brava Energia (antiga 3R Petroleum), PetroReconcavo e Prio devem ver seus papéis subirem na segunda-feira (22). Ao par da valorização das companhias da indústria petrolífera, a alta do petróleo deve pressionar a inflação e dificultar uma queda de juros, como pede o presidente dos EUA.
A Petrobras visa conter o impacto das grandes mudanças de preço na matéria-prima no Brasil, absorvendo altas e baixas do óleo de modo a gerar uma maior estabilidade do mercado interno.
*Informações da Folha de São Paulo