Barragem de Oiticica é inaugurada por Lula e Fátima

20 de mar. 2025 07h57

“Muita gente acreditava que não era possível fazer, e eu acreditava que era possível fazer. Porque isso é a redenção de um povo que, durante 300 anos, padeceu por falta d’água, padeceu por conta da seca”, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a inauguração do Complexo Oiticica, em Jurucutu, município do Rio Grande do Norte, nesta quarta-feira, 19 de março.

Para Lula, a obra, que beneficia o sertão do Seridó e está inserida no contexto do programa Água para Todos, salva do sofrimento 12 milhões de nordestinos que moram no semiárido do país. “Eu sempre dizia que a seca é um fenômeno da natureza, mas a morte de animais e de gente era por conta da irresponsabilidade de quem governava esse país. Porque a gente tinha condição de fazer, e nós provamos. Não só porque foi feito um canal grande, mas porque esse canal faz jorrar água pelo estado da Paraíba, pelo estado do Rio Grande do Norte, por uma parte do Pernambuco, pelo estado do Ceará e pelo estado da Bahia”, afirmou o presidente.

A barragem integra o Complexo Hidrossocial Oiticica, que contempla outros equipamentos e projetos, como agrovilas e a comunidade Nova Barra de Santana. O empreendimento integra o Projeto de Integração do Rio São Francisco (Pisf) e terá a capacidade de reservatório ampliada em quase dez vezes. Saltará de 75,56 milhões de metros cúbicos para 742 milhões. Desde o começo da construção da barragem, em 2013, R$765 milhões foram repassados pelo Governo Federal, sendo R$163,1 milhões desde o início da atual gestão, por meio do Novo PAC.

A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, registrou que a construção da barragem se apresenta como uma boa experiência de gestão pública. “Hoje estamos aqui celebrando uma barragem, esse complexo que significa vida, desenvolvimento, dignidade para gerações presentes e gerações futuras. Celebrar uma conquista deste tamanho é, sobretudo, fazer uma homenagem aos nossos antepassados, às mães que sofreram tanto no passado com o flagelo da seca, e homenagear o presente, as gerações presentes, dizendo exatamente a essa geração que o futuro já começou”, pontuou.

Durante o evento, foi assinada a autorização de contratação para construção da Adutora do Agreste Potiguar. É um sistema de abastecimento de água projetado para atender 38 municípios da região Agreste do Rio Grande do Norte, captando água do Rio Guajú para ser distribuída por meio de uma rede de 170,9 km de extensão. O projeto, que tem vazão total de 890 litros por segundo, visa integrar três sistemas adutores intermunicipais para garantir maior segurança hídrica à população, com investimento de R$448,46 milhões. O prazo para execução da obra é de cinco anos.

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